quinta-feira, 28 de abril de 2011

O Amarello #5

  

Será neste sábado [30 de abril], em São Paulo - vide o convite acima -, o lançamento da quinta edição do fanzine O Amarello, desta vez dedicado ao tema "transe". Sou um dos colaboradores, com um texto que pretende desconstruir a ideia convencional de transe como cousa do inconsciente. Acho que ficou bacana. Abaixo, um trecho:
(...) O transe – ao menos o que me interessa [aquele em cuja existência acredito] – é apanágio e desdobramento prático do talento. Não está fora; mas bem dentro. Sem mistérios. E, apesar de claro-claríssimo, não é fácil; tampouco para qualquer um... (Ou a rapaziada andará pensando – concentrando-se – muito por aí)? O transe, este, humano, não excede ou extrapola; mas preenche, ocupa, mobiliza, vitaliza – dispõe e explora as possibilidades todas do corpo. (Glorificada seja a matéria!; louvada, a cultura ocidental)! O transe – resultado de um poderoso esforço de concentração – é coisa do homem, de um homem vivo, acordado, desperto, educado, informado, não raro genial [não raro Pelé], mas sempre homem. O transe – este que constrói e cria coisas belas e emocionantes – é conquista do homem, de seu autoconhecimento, de seus mecanismos de abstração, de seus instrumentos intelectuais e de sua capacidade de exercitar e mobilizar o pensamento, que submete o corpo e transcende em gols, em mil gols. (Ou em música ou em poesia ou em arquitetura etc.). (...)

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